História da minha formação:

Meu interesse na realização de estudos e pesquisas na área da aprendizagem cerebral existe desde a adolescência, tentando entender as razões pelas quais alguns colegas, por maior que fosse o esforço nos estudos, não conseguissem obter aprendizagem real.

Meu primeiro contato real com o cérebro, entretanto, foi com um cérebro eletrônico, um imenso computador instalado na Escola Naval, na década de sessenta, entre 1965 e 1969, onde pude estudar algo sobre as redes neurais e comparar tais estudos com as redes neurais humanas. Isso durante o curso de Graduação Superior em Ciências Navais.

Os estudos das ondas cerebrais fizeram parte de uma das primeiras especializações em ondas mecânicas submarinas, parte do estudo de Táticas Anti-Submarino e Aeronaval, o que me levou ao aperfeiçoamento em engenharia de sistemas de armas e processamento de dados, ainda no Brasil.

Já na Austrália, aprofundei esses estudos no Commonwealth Aircraft Corporation e na Government Aircraft Factory, em Melbourne, depois de uma especialização nos sistemas de controle por ondas eletromagnéticas na divisão bélica da EMI-Austrália, em Elisabeth.

Na Grã-Bretanha dei continuidade aos estudos sobre ondas eletromagnéticas, engenharia de sistemas e processamento de dados, no Marconi College, Inglaterra, na Short Brothers & Harland, Irlanda do Norte, e na Ferranti Digital Systems, em Cwmbran, no País de Gales.

Nesse período, entre Austrália, Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, foram iniciados os meus estudos sobre o cérebro humano, sendo neurologia e neurofisiologia ainda na Austrália e Psiquiatria na Inglaterra, visando poder fazer uma relação entre o cérebro artificial e o funcionamento do raciocínio humano.

Essa comparação entre o cérebro da máquina e a Mente Humana me levou aos estudos de pedagogia, psicologia, psicanálise e ciências afins, para melhor entender os processos cognitivos da criança e do adolescente.

Percebi, então, que a escola, com profissionais devidamente preparados, é o ambiente ideal parar realizarmos os testes em relação aos processos terapêuticos em andamento com os alunos e para realizarmos as intervenções mais imediatas, visando a realização de diagnósticos diferenciados entre o que resulta de bloqueios emocionais e o que resulta de síndromes, transtornos ou comorbidades.

Isso me levou a realizar estudos de pós graduação em educação no Brasil, mestrado em educação em Málaga, na Espanha e, devido aos trabalhos realizados, receber o título de doutor honoris causa em educação dessa mesma Universidad de Los Pueblos de Europa, em Málaga.

Mais tarde fui convidado e passei a fazer parte da Academia de Ciências de Nova York, fazendo parte dela até hoje.

E, para facilitar a aplicação prática de todos esses estudos, abri uma escola regular, já há 21 anos, desenvolvendo uma metodologia inclusiva, muito antes das legislações sobre o assunto existirem.

Essa é a nossa prática hoje.